Destino

outubro 26, 2011

Em 1945, o famoso pintor espanhol Salvador Dalí juntou-se a Walt Disney para trabalharem juntos em Destino.

O animador dos Studios Disney, John Hench e Salvador Dalí desenvolveram o storyboard do projeto durante 8 meses. Uma animação curta de 17 segundos foi feita como teste. Porém, com a Segunda Guerra Mundial, por falta de recursos financeiros do estúdio, a produção foi cancelada indefinidamente.

Em 1999, enquanto trabalhava no longa Fantasia 2000, Roy E. Disney, sobrinho de Disney, decidiu ressuscitar a obra. A Disney Studios France ficou com a missão. 25 animadores trabalharam sob a direção do francês Dominique Monfréy e produção de Baker Bloodworth para tentar decifrar os storyboards deixados por Hench e Dalí.

58 anos depois de iniciada, em 2003, a obra foi finalmente concluída pelos estúdios Disney. Com a música do mexicano Armando Dominguez interpretada por Dora Luz como trilha sonora, Destino conta a história do deus Cronos e seu infeliz amor por uma mortal que dança por cenários surreais inspirados nos quadros de Dalí. Tendo 6min de duração e incluindo algumas animações computadorizadas, os 17s inicialmente produzidos por Hench é o trecho das duas tartarugas.

Destino é uma palavra galega, espanhola, portuguesa e italiana e tem o mesmo significado nessas línguas.

Vencedora de diversos prêmios, incluindo o de melhor curta de animação de 2003 pela Academia, posteriormente, em 2010, a animação foi lançada como extra do blu-ray Fantasia & Fantasia 2000 Special Edition.

O resultado, como era de se esperar, é uma animação completamente surreal… e bela!


Across the Universe

maio 7, 2010

Passei minha infância inteira escutando a discografia completa em LP de The Beatles. Não é de se admirar que passaram a fazer parte ativamente do meu gosto musical.

Sinceramente, não é difícil gostar do rock leve anos 60 da banda que revolucionou com o uso de instrumentos pouco comuns em bandas do tipo, arranjos inspirados em música erudita e, principalmente, seus ideais de liberdade, paz e amor. Duvido que exista alguém que não conheça uma música sequer dos Beatles! Os “Reis do Iê-Iê-Iê” conquistaram o mundo e se tornaram um marco na história. Tanto que foram indicados pela revista Time na lista das 100 pessoas mais importantes e influentes do século 20 e emplacam até hoje, ao lado de Elvis Presley, o primeiro lugar dos artistas recordistas de vendas de discos (1 bilhão de discos).

Acredito que para homenagear os garotos de Liverpool foi lançado o filme Across the Universe (2007). O filme, que tem como título uma música da banda, apresenta 33 composições escritas pelos membros do grupo.

Como era de se esperar, a difícil tarefa de construir um enredo se torna praticamente impossível em um musical recheado de canções tão diferentes e distintas. O resultado é um fraco roteiro criando uma trama supérflua, irregular e fragmentada. Temos a história principal de um inglês que decide tentar a vida nos EUA e várias subtramas inacabadas com o intuito apenas de justificar a utilização de cada música.

Porém, acredito que o filme funcionaria muito bem como clipes musicais para novas versões dos clássicos dos Beatles (o que parece realmente ser a única preocupação dos roteiristas Dick Clement e Ian La Frenais e da diretora Julie Taymor). Antes que os fãs me crucifiquem, concordo que as versões originais são imbatíveis, mas tenho que dizer que considero as escolhas para o filme muito bem sucedidas.

Joe Cocker estrela uma releitura imperdível de Come Together e temos um brilhante vocal com quase todos os participantes do filme em Because. I Want to Hold Your  Hand é cantada por uma garota lésbica e contamos com a participação de Bono nas músicas I Am The Walrus e Lucy in The Sky With Diamonds.

Vou ressaltar dois trechos (ou clipes, né) do filme que mais chamaram minha atenção.

O primeiro é Let It Be por ser uma das minhas músicas prediletas dos Beatles. Foi escrita pelo beatle Paul McCartney após um sonho com sua mãe para o último e mais polêmico álbum da banda. Aparece cantada pelo garotinho Timothy T. Mitchum e a cantora americana Carol Woods em uma performance elogiável. Na internet, pode-se encontrar alguns vídeos de Carol Woods chorando no estúdio após interpretar a música.

Como disse, o filme funcionaria muito bem como clipes isolados das músicas. A cena embalada pela música I Want You (She’s So Bad), por Joe Anderson, Dana Fuchs, Teresa Victoria Carpio, tem uma sequência fenomenal. Com soldados robôs participando de uma fábrica de recrutas é realmente digna de ser assistida e conta ainda com uma louvável cena final.

Assim, Across the Universe é um filme, no mínimo, curioso. Vale para os fãs conhecerem as novas versões das músicas e apresentar ao resto o que foi a banda mais marcante da história.

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O Ponto #3 (vídeo)

maio 3, 2010

Qualquer coincidência é mera semelhança…

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Direção e Drogas

agosto 23, 2009

Um video feito pelo humorista alemão Kesslers Knigge mostra, de maneira divertida, o que acontece quando usamos drogas e dirigimos.

Tá aí um bom exemplo de que drogas e direção não combinam…

A lista segue a seguinte ordem: Heroína, Haxixe, LSD, Cocaína, Álcool, Valium, Ecstasy, Cola de sapateiro, Absinto e, por fim, todas as drogas juntas.


Heal the world

julho 3, 2009

Michael Jackson sempre foi engajado em causas sociais. Pode ter sido julgado pelo povo por pedofilia e todo seu jeito excêntrico de viver, mas sempre buscou que todas as crianças do mundo tivessem uma infância digna. Algo que, talvez, venha de uma vontade reprimida na sua própria infância.

O grande marco dessa empreitada social, foi a música We Are The World, onde reuniu vários cantores do mundo como Bruce Springsteen, Diana Ross, Stevie Wonder, Bob Dylan, Tina Tuner… Denominado de USA for Africa (United Support Artists for Africa) arrecadaram 100 milhões de dólares.

Dentre outras dessas, temos a gravação no Brasil da música They Don’t Care About Us onde uma criança diz: Hey, Michael, eles não ligam pra gente! E uma letra sobre violência, preconceito e pobreza.

Na final do Super Bowl, Michael deixou espectadores boquiabertos, quando reuniu 3.500 crianças para cantar. Heal The World é a que mais me emociona até hoje. E, claro, tem o lema: cure o mundo, faça dele um lugar melhor para você e para mim! A música tem a seguinte introdução:

“Pense nas gerações e elas dizem: Nós queremos fazer deste um lugar melhor para nossos filhos e para os filhos de nossos filhos. Para que eles saibam que este é um mundo melhor para eles; e pensem que podem fazer deste um lugar melhor.”

Eu sonho… sempre tive essa necessidade de “abraçar” o mundo! Sonho em, um dia, termos um lugar perfeito o suficiente para todos viverem em paz, em conjunto e partilha, cuidando e salvando o mundo… curando o mundo!

Michael Jackson – Heal The World


I’m bad…

junho 25, 2009

Michael-Jackson-MoonwalkerMichael Jackson pode ter feito inúmeras bizarrices em sua vida. Acusado de pedofilia, plásticas e plásticas radicais, torrar dinheiro com brinquedos meganomaníacos na Terra do Nunca, prisões, notícias e notícias, loucuras e loucuras!

Mas dentre todas as loucuras há que reconhecer que sua maior loucura foi na música. Bizarrice maior foi reinventar a dança, reinventar arranjos, inventar o pop e criar um ícone! Sua forma de usar a voz na música foi única! Arrebatou números, vendeu como água, criou uma nova cultura, deixou um legado de fãs, quebrou vários records!

O menino americano, nascido em uma família pobre, às custas de um trabalho árduo e forçado, viu a fama aparecer ainda quando criança no Jackson’s Five. E para toda criança pobre, o sucesso significa a possibilidade de realização de sonhos. Michael realizou todos os seus sonhos e foi julgado e ridicularizado por vários deles.

Michael_jackson_badCresci ouvindo Michael Jackson. Sempre vou me lembrar da cena em que minha mãe tentava fazer o passo moonwalk ao som do álbum Bad chiando em um LP. É fato que este foi o último álbum útil de sua carreira, mas nada apaga o marco que criou na música antes disso.

Quem não conhece a dança de zumbis de Thriller? Ou seu chapéu preto?

Aos 50 anos, Michael Jackson sai de sua vida decaída para fazer o moonwalk em outros cantos. Mas, ainda sim, deixa também sua jornada histórica no mundo da música! E da indústria Pop, claro.

Assim como Elvis Presley, rei do rock, Michael Jackson carregará contigo o título de “Rei do Pop” para seu túmulo.


E, assim como Elvis…
Michael não morreu!


Michael Jackson – Bad

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Cachorro nervoso

junho 9, 2009

Meu Deus!

Ele está falando! Juro! Juro que ele está falando!

Tradução simultânea:
P$%¨# (bis)
VSF  T***NO&§! (724x)
CA-%@$#! (bis)

Alguém aí! Paga um psiquiatra pra esse canino!

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Microsoft anuncia Project “Natal”

junho 6, 2009

Simplesmente incrível!

Deixaria qualquer nitendo Wii no chinelo… É impossível imaginar como seria jogar assim.

Mas depois do sucesso de todas as versões do Windows em popularizar o restart, fica a pergunta:

Como será o ‘Ctrl + Alt + Del’ no Natal?
‘Cabeça + Ombro + Joelho + Pé’?

lol!

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Admirável Mundo Nosso

maio 26, 2009

Admirável Mundo Nosso_0002_NEW[(000606)13-27-18]Já se passaram 2 anos…

O que era pra ser um simples trabalhinho de algumas horas para um propósito simples, consumiu noites e noites afora, durante vários dias e se tornou um projeto.

Graças ao meu grande amigo Anderson que fecundou a idéia, escolheu a trilha (diga-se de passagem muito bem escolhida) e selecionou algumas cenas de um documentário que enviei a ele anos antes. Um trabalho de depuração digno de diretor de cinema.

Sobrou a mim a tarefa de fazer quase toda a montagem. Transições entre cenas, timming… Tudo milimetricamente acertado usando ao extremo todo o perfeccionismo que sempre me cerca. Por isso demorou tanto… Maldito perfeccionismo! Acabei decorando todas as cenas de tanto que assisti para sincroniza-los com as músicas.

E tudo acompanhado do incrivelmente comprensivo “diretor” Anderson com seus olhos atentos e cansados.

O resultado? Um vídeo bem elogiado no youtube e criticado pela sua mensagem “supostamente” ecumênica. No final de 2008, um novo trabalho consumiu algumas horas para inserir legendas. E assim que as legendas foram atualizadas no youtube, o video começou a receber comentários em outras línguas…

Mas a ideia era apenas chamar para uma reflexão sobre o que fazemos como nosso mundo tão diversificado… Por não conseguirmos manter a paz num mundo tão belo e, ao mesmo tempo, tão diferente! Como lidar e respeitar todas as diferenças entre raças, povos, nações e ideais se não tivermos um elo forte de ligação entre todos? E como é possível, em uma época em que as distâncias se encurtaram, o mundo ser tão grande ao ponto de nunca termos visto as cenas do filme antes?

Um mundo admirável e nosso que estamos deixando que se acabe… O Admirável Mundo Nosso!

Música:
Lágrimas da Mãe do Mundo, da extinta banda de rock alternativo Sagrado Coração da Terra do Marcus Vianna.

Cenas:
Retiradas do documentário Baraka (1992) que, curiosamente, não possui nenhuma trilha sonora durante seus 97 min de projeção, apenas sons ambiente. Produção americana dirigido por Ron Fricke e filmado em 23 países, entre eles o Brasil.

Título:
Pra quem não sabe, o nome foi baseado no famoso livro de ficção científica de Aldous Huxley, Admirável Mundo Novo publicado em 1932. Já inspirou músicas como Admirável Gado Novo e Admirável Chip Novo, de Zé Ramalho e Pitty, respectivamente. É uma fábula futurista onde a população, fabricada em laboratório, é pré-condicionada biologicamente e psicologicamente a viver em harmonia dentro das leis e regras sociais. O conceito de família não existe e qualquer dúvida sobre o sistema é dissipada com o consumo de uma droga chamada “soma”. Um livro tão antigo e tão dentro da filosofia capitalista e materialista de nossa sociedade atual.

Programa utilizado:
O simples e ineficiente Windows Movie Maker.

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Os velhos conselhos de He-man

abril 13, 2009

Vasculhando esse imenso espaço virtual da internet, me deparei com um post contendo o seguinte video abaixo.

Interessante…  Traz à tona trechos de uma memória antiga. Sempre assisti quando criança, os desenhos do He-man pelas manhãs enquanto esperava o horário de ir para a escola.

Os conselhos do He-man no final dos episódios eram recorrentes. Não existia um desenho sequer que ele não aparecesse dizendo suas sábias frases no pior estilo de um “Moral da história”. Mas nunca imaginei que servissem pra alguma coisa. Por mais politicamente corretos que fossem, eu considerava o encerramento do episódio, na época, uma baboseira completamente inútil.

“Lá vem o He-man dizer o que devo ou não fazer na vida…” =) E mais, dizer tudo que já sei!

Eis que o tempo passa, a gente cresce e um sujeito qualquer na internet me faz repensar minhas atitudes do passado… Como a opinião de He-man pode ser atualizada para os problemas recentes do mundo! Se encaixa perfeitamente no cenário econômico que vemos hoje.

Um bando de idiotas, acreditando em lucro rápido e fácil, apostaram tudo que tinham em títulos de hipotecas sem fundamento! Fora os outros milhões que entraram na onda de investir na bolsa que subia a índices jamais vistos. Créditos pra lá, créditos pra cá e o resultado da corrida por dinheiro fácil foi uma crise no sistema capitalista globalizado! Conheço pessoas que venderam carro para apostar na bolsa e perdeu tudo… Imagino o Esqueleto dizendo: “Vai lá! Aposta na bolsa que é dinheiro fácil e certo!”

Não sei se foi os conselhos de He-man guardados no meu inconsciente, mas o fato é que, mesmo tentado, não entrei nessa canoa furada… Assim, depois desse vídeo, passei a questionar: será que uma série de desenhos animados, onde o personagem principal ganha com a força, queria passar alguma lição de moral para nossas crianças? Do tipo “não converse com estranhos”, “respeite seus pais”. Um tanto paradoxal, afinal, violência e educação não combinam. Qual era o real propósito da série? Educar ou simplesmente entreter?

Algo que me deixa profundamente desacreditado. Os desenhos atuais não possuem mais a inocência e denotação educadora como os desenhos da minha época. Servem, na maioria das vezes, simplesmente para entretenimento. No máximo soltam aquela: “ajudem seu companheiro para derrotarem juntos o inimigo!”. Pra onde irão nossas crianças? O que se pode aprender hoje com desenhos totalmente sem conteúdo?

Fato é que se muita gente tivesse lembrado dos velhos conselhos do He-man não teriam entrado nessa fria… Viva o He-man! “A maneira certa é a melhor maneira!”, mesmo soando obsoleto é assim que deve-se conseguir algo.

E pelos poderes de Grayskull também, claro!

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